sábado, 10 de outubro de 2009

Voltas estranhas

Consomes-me a alma. Consomes-me o ser. Consegues consumir tudo aquilo que sou mesmo quando não sou eu. Eu para ti sou tudo que quiseres que eu seja. Tudo o que quiseres, cheirar, tocar, olhar, apreciar. Acima de tudo o que quiseres consumir. Sou bailarina, trapezista, pintora, actriz. Faço tudo o que quiseres e que me deixares fazer sobre a tua influência. Hoje fizeste-me escrever. Tudo isto porque me consomes. Consomes-me não porque me queres consumir mas porque eu quero porque te quero consumir. Consomes-me as forças, a vontade, a ambição, o meu calor humano. Consomes tudo aquilo que sou a uma velocidade alucinante. És rápido, não que seja uma característica particularmente tua mas minha, a minha folia. Faço com que te tornes perspicaz. Não deixas rasto e o teu efeito demora pouco tempo a fazer-se sentir. A mínima coisa serve para me despertares. Basta o cheiro do teu perfume.

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