sexta-feira, 9 de outubro de 2009

( embrião )

Consigo desvendar mistérios. Mistérios que não deveriam ser desvendados, sensações que não deveriam estar flor da pele, decisões que não deveriam ser tomas, questões que não deveriam ser postas. Deixaste-me, deixas-te para trás uma vida. Não pensas-te no futuro. Não pensas-te nos outros e não pensas-te em ti. És momentâneo, és irresponsável e inconsciente. Não te posso apontar nada. Eu também o sou, sou tudo isso que te apontei. Sou aquilo que critico em ti. Critico aquilo que tenho de pior crítico o que herdei de ti. Um nada uma revolta, um sofrimento. Passas-te o limite, o limite do ser humano, o limite de merecer ser respeitado por mim, pelos outros. Sinceramente tenho pena, não sei se pena de mim, de ti ou da situação. Não sei de nada, sei viver contigo, com a tua ausência, com o facto de estares presente sem eu o desejar. Não te posso dizer que te odeio. Isso seria uma mentira, também não posso dizer que gosto de ti. Ai, estava a ditar uma maior mentira. És me indiferente. Sim, provavelmente é disso que eu tenho pena. De não seres nada. Não sinto a tua falta, porque nunca estives-te comigo. Também não quero que estejas. Não tenho flores no cabelo nem me visto de cores alegres Posso não ter o ideal de felicidade. Mas sim sou feliz, à minha maneira. E tudo isto graças a ti, graças ao facto de não estares na minha vida. Encontrei-o. Sim, encontrei-o. O grande amor da minha vida e tudo graças a ti. Muito obriga não me desejares, não me queres na tua vida. Do fundo do coração muito obrigado, um obrigado com uma lágrima no olho e uma ferida no coração. Mas acima de tudo muito obrigada.

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