quinta-feira, 12 de novembro de 2009

hey

Tenho-te procurado, cada vez com mais afinco, mais vontade, mais saudade. Parece que algo nos impede de poder viver juntos. Juntos em qualquer lugar, em qualquer situação, em qualquer emoção que expluda dentro me mim dentro de ti, dentro de nós. Mil e um acasos fazem com que esse final, esse final feliz esteja mais longe, cada vez mais demorado. Não sei quem és, onde estas nem o que fazes, muito menos como serás. Mas sei uma coisa, a mais importante. Aquela que fará a diferença para sempre: Estamos acorrentados, não vamos desprender nos, não vamos conseguir. Já experimentei pedaços de ti, em vários momentos, em varias situação e sei que quando tudo isso se juntar, que quando todos esses momentos voltarem até mim por ti, quando olhar e conseguir ver aquilo que mais anseio o mundo vai parar. Vamos dizer tudo, o bom e o mau e ninguém se irá calar, as vozes gritarão toda a noite e nós vamos dormir abraçados.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Baú

O tempo traz a saudade, apaga o mau e vinca o bom. O tempo traz às recordações a mesma beleza que as estrelas trazem ao céu. O tempo faz encontrar a força da lembrança de um fim de tarde chuvoso. A janela fechada, a chuva leve a bater, as vozes, o calor do corpo, a intensidade do sentimento. O bater do coração, o balançar do cabelo, os lábios pouco abertos. O abraço quente, aconchegante, carinhoso. Aquele abraço que mostra o que mais ninguém consegue ver. Aquele abraço que não chega para amarrar a imensidão do momento mas basta para mostrar tudo o que é importante para alguém. Pessoas, como será possível, pessoas serem tão fortes, tão grandes, tão importantes. Momentos eternos, segundos escassos, horas lentas. Contradições, sensações, emoções. Tudo isto perdido. Tudo por guardar num baú ainda aberto. Baú que não está fechado muito menos arrumado. Este baú que deveria estar guardado no sótão das recordações, fechado a sete chaves. Este baú que só deveria ser aberto quando se partilha momentos eternos, segundos escassos e horas lentas. Nunca esses momentos, segundo e horas deveria passear pelos corredores da vida, a esconderem-se de quem os quer apanhar, a invadirem todos os espaços onde estamos. Nunca deveriam semear esperança, mas acolher a saudade no passado mantendo a distância do presente.

domingo, 1 de novembro de 2009

perdoa-me

Por muito que tente não consigo. Desculpa, mas eu não consigo. Não sei mais nada. Não sei ditar palavras mesmo que sejam soltas quando estás por perto, quando me dirijo a ti fico muda. Quando te vejo os meus olhos cegam, o mundo deixa de existir. Quando te toco ocasionalmente elevo-me, desapareço deste lugar. Queria sentir isso contigo ao meu lado. Assim, não consigo. Perdoa-me. Eu não consigo. Consigo gostar de ti, sim. Gostava de conseguir gostar de ti contigo. Não me deixas. Não queres. Sou eu a querer nadar contra a corrente, procurar o limite da minhas forças, apreciar todas as minhas fraquesas, sentir cada gota de àgua a escorrer-me pela cara. Voar ir para longe, estar contigo no passado, na recordação, e, na fantasia de um futuro. O que seria de um amor sem sonhos mesmo que sejam impossiveis de contretizar? Nada. Gosto de gostar de ti, não minto. Gosto de sentir-me assim por ti, por mais ninguém.

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