quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Não tens esse direito. Não tens o direito de me roubares para ti. Tiraste-me tudo tiraste-me tudo aquilo que me dá a condição de pessoa. Quero me de volta quero poder amar sem barreiras poder beijar, acarinhar, sentir, sem tu estares presente. Quero me de devolvas aquilo que sou e que sou e o que não sou, porque já nem aquilo que não sou sei sobre mim. Deixaste-me nua, ferida, sozinha na estrada. Foste incapaz de olhar par trás e veres como eu estou ferida, como me esvaio em sangue. Não és capaz de ver o meu sofrimento. Não és capaz de ajudar-me a salvar a minha própria vida. Não conseguirei tratar das feridas sozinha, só tu sabes onde me magoei, só tu sabes tratar de mim. Como o pó da estrada, e tu? Onde estás? Onde é que eu estou? O que nos aconteceu? Onde está o nosso amor? Diz-me por favor, não me faças sofrer mais, não abras mais feridas. Não as abras porque eu já não tenho mais sangue para derramar. Eu já não existo há muito tempo. Eu morri quando sais-te da minha beira e me deixaste. Contigo era forte, saúdavel, feliz, era alguém. Sem ti sou apenas um corpo aberto por feridas com poeiras, sou um corpo morto, frio, sem alegria. Queria-te de volta, queria-te para mim, queria-te mais muito mais. Mas tu olhas para mim à distancia, em cima de um rochedo para mostrares o quanto és forte e eu fraca. Mas eu também sei quem quando desceres desse teu grande rochedo vais cair e notar que só o poderias ter subido comigo, porque só eu te ajudaria a desce-lo. Pena eu não poder ver para te ajudar pois nessa altura já nem um corpo morto existirá.

3 comentários:

  1. Porque aliado ao amor está sempre a dor e o sofrimento...e isso custa..e o que resta..restam memórias, apenas recordações.

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